Camila Ribeiro |
Sou
uma eterna aprendiz de surfista. Admiro, assisto, vibro, torço e adoro
ficar na beira da praia observando os surfistas quebrando tudo dentro
da água. Mas arrisco entrar também. Sempre apanho muito, mas sou
daquelas que acredita que é melhor apanhar do mar e conseguir entrar no
outside, do que ficar só na areia.
Até porque, só quem surfa sabe a sensação que é remar até lá no fundo,
parar, sentar na prancha (esperando pela onda perfeita) e por alguns
minutos ficar em completa conexão com aquela imensidão azul. Isso quando
a natureza não te presenteia com cardumes que passam enquanto você
contempla o sol nascendo, ou se pondo, enfeitando o céu e completando a
paisagem perfeita.
Mas o surfe é um esporte possessivo. Pelo menos pra mim. É difícil
conseguir surfar e praticar outros esportes. Quando tem onda, o mar
fica lindo às 6h da manhã e perfeito depois das 15h, 16h (meus horários
preferidos para praticar qualquer esporte).
Camila Ribeiro |
Lembro de quando, ainda em Fortaleza, participei de algumas Corridas de
Aventura (aquelas corridas em que você se mete no meio do mato, com
mapas de orientação, correndo pra lá e pra cá, sofrendo e se divertindo
ao mesmo tempo) e perdi as contas de quantas vezes matei o treino de
corrida para ir surfar. Lembro de uma vez que o capitão da minha equipe
chamou para um treino importante, nas dunas, às vésperas de uma
competição, e estava rolando ALTAS ONDAS. Menti que não podia porque
tinha alguma coisa importante para fazer... e fui surfar. Só que ele
passou pela praia e me viu dentro d’água (risos). Depois disso vi que
tinha sido mesmo picada pelo “mosquitinho do surf”.
Enfim, o que quero dizer é que, apesar do surf ser um esporte
extremamente viciante, é muito bacana quando você consegue aliar a
outros; como a corrida, por exemplo. Como o surfe acaba movimentando
muito a parte superior do corpo, a corrida pode ser uma grande aliada,
para fortalecer as pernocas, melhorar as condições cardiorrespiratórias
e ainda, o melhor de tudo, emagrecer!
Ah, e quando você vicia na corrida – sim, porque a corrida também é
altamente viciante!!! – acaba conseguindo encontrar um horário pra ela
(antes ou depois do surf). E eu consegui! Nessas férias no Ceará, fui
diversas vezes correndo até a Praia do Futuro e depois remei até o
outside. Ou então, corri à noite, quando não tinha mais jeito de ir
surfar.
Camila Ribeiro |
Então, calce o tênis, vista o biquíni por baixo do shorts e da camiseta
e vai correndo pro mar. Certeza que vai ser bom demais! Um melhora o
desempenho do outro e podem ser aliados para um corpo bonito e uma alma
zen.
(Camila Ribeiro é jornalista, escreve no blog
viciosdobem.wordpress.com, é colunista do site esportemulher.com.br e
colaboradora do LIP)
Parabéns Camila Ribeiro! Adoramos a matéria!
ResponderExcluirParabéns Camila, excelente texto e adorei os vídeos. Vemos como o Surf pode mudar a vida de pessoas e comunidades, pois quem realmente entende sua essência acaba em contato com sensações que extraem o nosso melhor e lhe dão uma consciência que existe felicidade no simples ato de remar, caminhar, correr, lhe faz querer preservar o meio ambiente, pois você passa a valorizar ele ainda mais, dentro do Mar todos somos iguais, unidos por estas sensações e acabamos levando isso para fora. Mandou muito bem, Parabéns galera da Lip, é isso ai SURF ATITUDE sempre.
ResponderExcluirObrigada, WOX! Tudo é feito com muito carinho para passar exatamente essas sensações para aqueles que não a conhecem, e também para reforçar e relembrar aqueles que já sabem como é! Estamos juntos!
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